quarta-feira, 12 de julho de 2017

Pelas noites iluminadas de Paris, vários encontros


Conhecida como a cidade Luz e centro de grandes produções de filmes, Paris é o pano de fundos de consagrados e mágicos filmes. Entre eles se destaca o filme Meia Noite em Paris, lançado em 2011, com o diretor Woody Allen.

O filme narra a história de Gil Pender (Owen Wilson), um escritor que está em busca de reconhecimento, mas que resolve tirar umas férias com sua noiva em Paris. Com o passeio e não conseguindo enturmar com os amigos da noiva, resolve sair sozinho pela cidade e conhece um grupo de grandes nomes do tempo que ele gostaria de ter nascido.

O filme aborda questões de como estamos deixando de aproveitar o momento do agora para ficar se lamentando por um passado que só é encontrado em livros e como conseguimos tirar estímulos de quem nos inspiramos. Uma verdadeira obra fílmica, embarcada nos anos 20, quando artistas e pessoas eram dotadas de conhecimentos que inspirava Gil Pender, o escritor que não tinha sucesso.


Na primeira viagem o personagem não consegue acreditar, vemos a fascinação em seus olhos e quando avançamos a narrativa percebemos seu jeito de contar sem palavras para a noiva o que estava acontecendo.

Se por um lado o escritor tem uma visão romântica deles, por outro sua futura esposa acha que está louco e para isso se contenta em não acreditar e fazer compras com os amigos. Indo cada vez mais ao lugar que seria o portal de entrada para seu mundo favorito o escritor começa a mudar, questionando os rumos de sua vida, suas escolhas e entendendo a si mesmo. Notamos que os passos mais grandes são quando ele começa a perceber que as mulheres do qual ele gostaria de ter perto de si, seriam totalmente diferente de sua noiva e que seus ídolos tinham tanto medos, susto e costumes quanto ele.

A obra prima consegue ter aspectos especiais em todo seu contexto, se por um lado vemos a bela fotografia também conseguimos nos encantar com o elenco e a trilha sonora. O longa trás até dúvidas de como teria acontecido mesmo outras épocas, como eram os detalhes? Seriam mesmo como descrevem os livros?

O que deixa ainda mais fascinante é que o filme consegue trazer várias referências não apenas na literatura mas também na pintura, na música, na dança e na época em que tudo para o escritor era mágico.


Sr. Pender pode até ter visto a realidade, ter aceito voltar para teu mundo mas ao ter a chance de viver o que seria sua época favorita ele se reencontrou e percebeu que o único amor que valeria a pena era o próprio e por mais louco que fosse, ele encontraria alguém que gostasse de andar na chuva pelas noites iluminadas de Paris.

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